Na última quarta-feira (15), o Circuito Litoral Norte de São Paulo realizou Assembleia Geral virtual para eleição de seu novo Conselho de Administração. Com a presença dos prefeitos e representantes municipais das cinco cidades integrantes – Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba -, foi efetivada apresentação da chapa única, composta pelo prefeito de Bertioga, Caio Matheus (presidente), a prefeita de Ubatuba, Flávia Pascoal (1ª vice-presidente) e o prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci (secretário).

Caio Matheus assume o posto no momento em que o consórcio, alinhado às políticas de regionalização e retomada da economia da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado, continua a atuar de forma direta no desenvolvimento, capacitação e promoção do destino, tanto com a participação de eventos, quanto em ações de marketing e assessoria de imprensa.


Confira entrevista com o novo presidente, que aborda os principais desafios e planos para o próximo ano de mandato:

Quais expectativas e planos ao assumir a gestão do Circuito Litoral Norte?

A expectativa é poder contribuir para que o turismo em nossos cinco municípios se recupere, pois foi terrivelmente prejudicado pela pandemia, e se desenvolva cada vez mais. Também buscaremos fortalecer o relacionamento com o Ministério do Turismo e com a Secretaria Estadual de Turismo e Viagens para trazer mais projetos e recursos para nossa região. Outra meta muito importante é gerar mais empregos e renda para nossos cidadãos.

Quais os principais desafios que deve enfrentar neste ano de mandato?

O primeiro desafio a ser enfrentado será a explosão de visitantes prevista para este final de 2021 e início de 2022. As pessoas estão sedentas por viajar e retomar as experiências turísticas. Devemos estar preparados para recebê-las de forma segura e organizada.

Precisamos ainda reorganizar o trade turístico que foi profundamente afetado pela pandemia. Muitas empresas fecharam e outras reduziram suas atividades, desmobilizando suas estruturas de atendimento aos turistas. Temos que ajuda-las a recuperar todos estes postos de trabalho e expandi-los, para que nossos cidadãos possam voltar a ter expectativa de melhores rendas e qualidade de vida.

Essa reconstrução tem que acontecer dentro de um novo paradigma de exigências dos turistas que agora não querem apenas belos cenários e bons serviços, mas também ter certeza de que poderão usufruir tudo isso com segurança.

Outro importante desafio será conciliar os interesses dos vários municípios de forma a fazermos uma gestão harmônica em que todos os prefeitos participem das decisões como um colegiado.

Como vê a importância da regionalização do turismo, principalmente nesse momento de retomada?

O ditado que diz que “a união faz a força” é verdade absoluta no nosso caso. É uma tendência no mundo todo que o turismo deixe de ser pontual para ser regional.

O turista quer ter o número máximo de experiências possíveis em sua viagem e o conjunto de ofertas que temos em nossa região é espetacular. Ao agirmos juntos, conseguiremos agregar à oferta de cada município, todas as atrações dos outros, aumentando a estadia dos turistas e o ticket médio de cada visitante.

Em outra frente, tanto o Ministério do Turismo, quanto a Secretaria de Estado do Turismo, tendem a cada vez mais concentrar seus recursos em projetos regionais integrados. O Consórcio é fundamental para conseguirmos nos alinhar a este novo conceito, termos mais agilidade e uma interlocução produtiva.

Também é importante os rateios de despesas como assessoria de imprensa, participação em feiras e eventos, propaganda, Observatório de Turismo, entre outras. Com os mesmos recursos podemos fazer muito mais, potencializando o orçamento de cada município.